Operação breca fraude em benefícios do INSS em São Paulo

 
A Força-Tarefa Previdenciária deflagrou na manhã de hoje (17) operação para desarticular um grupo criminoso especializado em inserir dados falsos nos sistemas de informação do INSS e criar benefícios a pessoas que não tinham direito a eles. Após descoberto o esquema, servidores passaram a ser ameaçados para permitir a continuidade das fraudes.
 
Durante a ação, chamada Operação Púnico, foram cumpridos um mandado de prisão preventiva, dois de prisão temporária e três mandados de busca e apreensão nas cidades de São Paulo e Santo André. Todos os mandados foram expedidos pela 3ª Vara Criminal Federal de Santo André.
 
As investigações tiveram início em março deste ano, com a informação de que a chefe da agência da Previdência Social em Santo André (SP) estava sendo ameaçada após ter descoberto um esquema criminoso envolvendo um servidor lotado naquela mesma agência e de ter, em razão disso, cortado seu acesso aos sistemas de inserção de beneficiários. As ameaças haviam se iniciado no dia seguinte ao corte do acesso. Após algum tempo, o gerente-executivo também começou a receber ameaças por telefone. As ameaças de agressão e morte mencionavam familiares.
 
A pedido da Polícia Federal, o INSS realizou uma breve varredura nas atividades do servidor, em razão da necessidade de ação rápida, tendo verificado 12 benefícios que ele havia processado. Dessa análise, 100% dos benefícios tinham indícios de fraude. A Coordenação-Geral de Inteligência Previdenciária (COINP), da Secretaria de Previdência, aprofundou a análise dos casos e verificou outras fraudes envolvendo o grupo investigado.
 
Em ação simultânea, a Advocacia Geral da União (AGU) protocolará ação de improbidade administrativa e representará pelo bloqueio patrimonial em âmbito civil dos acusados.
 
O prejuízo, identificado até o momento, é de R$ 82 mil. No entanto, o montante pode ser ainda maior devido à continuidade das investigações.
 
Os acusados responderão, na medida de suas participações, pelos crimes de inserção de dados falsos em sistemas informatizados da União, estelionato contra a União, ameaça e organização criminosa, com penas que variam de 1 mês a 13 anos e 4 meses de prisão.
 


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