Rioprevidência: corrupção, rombo e contas que não batem

o Rioprevidência, um dos maiores fundos de pensão do país, é um espólio de problemas. Não bastassem os escândalos de corrupção, como algumas operações sob suspeita de irregularidades que vieram à tona nos últimos anos, o balanço atuarial (previsão financeira feita para seguros, com base na arrecadação e nos pagamentos futuros) revela que as contas não batem. Há um buraco no patrimônio do Rioprevidência, se consideradas todas as aposentadorias que terão que ser pagas pelo estado nos próximos 50 anos ou mais. As informações são do jornal O Globo.

O cálculo do rombo anual é feito em cima dessa perspectiva sombria. Além de desafios de ordem técnica, comuns ao sistema previdenciário em si, deficitário quase que por natureza, o Rioprevidência enfrenta uma batalha histórica contra o mau uso do dinheiro público. Chegou a ser alvo de uma CPI na Assembleia Legislativa do Rio que, ao final, em 2004, propôs o indiciamento de cerca de 20 pessoas por corrupção.

O prejuízo estimado aos cofres públicos teria chegado a R$ 30 milhões. Entre outras coisas, foi comprovado que o Rioprevidência fez péssimos negócios, comprando papéis por preços acima dos praticados. Por causa das dificuldades de caixa, o estado tem transferido, nos últimos anos, recursos para o Rioprevidência, em especial através de royalties do petróleo. O fundo também tem negociado precatórios e buscado resgatar imóveis que compõem o patrimônio da instituição, para gerar recursos através da venda ou aluguel.
 



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