Bolsonaro diz que vai a Brasília para aprovar parte da reforma da Previdência

 
O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) quer ir a Brasília na semana que vem para destravar a pauta da Previdência. Ele espera destravar ao menos parte da reforma projetada pelo atual governo de Michel Temer, como afirmou na primeira entrevista exclusiva concedida desde que foi eleito, neste domingo. 
 
"Semana que vem estaremos em Brasília e buscaremos junto ao atual governo, de Michel Temer, aprovar alguma coisa do que está em andamento lá com a reforma da Previdência, se não com todo, com parte do que está sendo proposto, o que evitaria problemas para o futuro governo", afirmou ele a TV Record. 
 
Depois, em entrevista ao Jornal da Band, Bolsonaro afirmou que, com a imposição de idade mínima de 65 anos para a aposentadoria, a chance de derrota da reforma da Previdência no Congresso seria muito grande. Questionado pelos jornalistas se iria propor a idade mínima de 61 anos, Bolsonaro sugeriu que o limite seja elevado em um ano a cada ano a partir desse patamar. 
 
"A melhor reforma da Previdência é aquela que passa no Parlamento. Se quiser impor 65 anos, a chance de derrota é muito grande. Se nós dermos um ano agora, no ano que vem propor mais um ano, vamos para 62 anos. Afinal, a proposta de 65 anos não é para agora, tem um espaço de tempo para entrar em vigor. Então o que passe agora, no meu entender é muito bem-vindo", diz, referindo-se, como já disse em outras entrevistas nesta segunda-feira, à possibilidade de realizar a votação da reforma da Previdência ainda este ano. "Qualquer passo que seja dado agora, já ajudará muito no ano que vem."
 
No entanto, o deputado federal e futuro ministro chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), disse que não houve nenhuma tratativa para usar proposta da reforma da Previdência do governo Michel Temer. "Não se pode olhar caixa de curto prazo, como na proposta de Temer", disse o futuro chefe da Casa Civil, afirmando que fala apenas em seu nome. "Defendo reforma Previdência que se faça de uma única vez. O atual governo propôs apenas um remendo, mas a reforma tem de ser de longo prazo", disse. Com informações da Agência Estado


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