Operação investiga fraudes no ponto de servidores da saúde no DF

 
A Polícia Civil e o Ministério Público do Distrito Federal deflagaram ontem (8), em Brasília, a Operação Trackare, que investiga fraudes na confecção e o uso de atestados médicos por enfermeiros da Secretaria de Saúde do DF. Estão sendo cumpridos seis mandados de busca e apreensão e dois mandados de condução coercitiva. Uma enfermeira e um auxiliar de enfermagem são suspeitos de falsificar atestados médicos e receitas de medicamentos.
 
Os servidores trabalham no Centro de Saúde nº 3 do Guará II, onde estão sendo cumpridos mandados. As investigações, que já duram cerca de três meses, começaram após uma denúncia anônima, que afirmava a utilização de atestados de comparecimento, atestados médicos e receitas com carimbos e assinaturas de médico. De acordo com a investigação, a dupla usava os atestados médicos falsificados para abonar faltas e se apropriava de remédios que deveriam ser distribuídos para população.
 
Segundo o promotor Luis Henrique Ishiara, no sistema que dá nome à operação não havia registro de atendimento médico que comprovasse a autenticidade dos atestados dos enfermeiros. Ishiara falou que a falta de fiscalização leva à prática regular de fraudes no sistema de saúde. Também são investigadas entrada e saída iniciadas em hospitais diferentes da locação de trabalho, horas extras em excesso e atuação dos servidores em outras empresas. Segundo os promotores, a enfermeira Daniela Toledo, teve o registro de 402 horas extras em um período de quatro meses.
 
Se condenados, Daniela Toledo e Marcelo Cereja, responderão pelos crimes de falsidade ideológica, falsidade de atestado médico, peculato e inserção de dados falsos em sistema de informática. Com informações da Agência Brasil.


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