Desemprego atinge 12,9 milhões de trabalhadores no país

 
O desemprego no país foi de 12,6%, em média, no trimestre de novembro a janeiro, segundo o IBGE. A taxa é a mais alta desde que o instituto começou a publicar a pesquisa, em 2012. No período, o número de desempregados no Brasil foi de 12,9 milhões de pessoas.
 
São cerca de 879 mil desempregados a mais do que no trimestre de agosto a outubro, alta de 7,3% na população desocupada. Em um ano, são 3,3 milhões de pessoas a mais sem emprego, um aumento de 34,3%.
 
Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (24) e fazem parte da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua, do IBGE. A pesquisa não usa só os trimestres tradicionais, mas períodos móveis (como fevereiro, março e abril; março, abril e maio etc.).
 
Subocupação
 
A taxa composta da subutilização da força de trabalho (subocupação mais desocupação) no país ficou em 20,6% em 2016 e atingiu 24,3 milhões de pessoas. No quarto trimestre, o índice chegou a 22,2%, segundo o IBGE. 
 
A quantidade de trabalhadores nessa condição indica um aumento de 6% em relação ao 3º trimestre de 2016 e de 31,4% frente ao quarto trimestre de 2015.
 
Entre as regiões analisadas pelo IBGE, a Nordeste registrou a maior taxa, de 33% no último trimestre de 2016, enquanto a menor partiu do Sul do país (13,4%). Entre os estados, a taxa de subutilização bateu 36,2%, a maior, e Santa Catarina, 9,4%, a menor.
 
"Os dados mostrados hoje na Pnad Contínua mostram o cenário do mercado de trabalho regional... que a taxa de desocupação subiu em praticamente todos os grupos regionais, em quase todos os estados, em quase todas as regiões metropolitanas. Avançou de forma geral no país. Além da desocupação, o contingente de pessoas subutilizadas também aumentou em todos os recortes de utilização. A subutilização dá força de trabalho também aumentou de forma significativa", disse Cimar Azeredo, coordenador da pesquisa.
 
No detalhamento da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), o IBGE também divulgou a "taxa de subocupação por insuficiência de horas trabalhadas e desocupação", ou seja, o índice relativo às pessoas ocupadas com uma jornada de menos de 40 horas semanais, mas que gostariam de trabalhar em um período maior somadas às pessoas desocupadas).
 
O índice ficou em 17,2%, depois de chegar a 16,5% no terceiro trimestre e a 13% nos quatro úlitmos meses de 2015. A maior taxa foi vista no Nordeste (23,9%), e a menor, no Sul (10,9%).
 
Outro detalhamento dessa pesquisa diz respeito às pessoas que gostariam de trabalhar, mas não procuraram trabalho, ou que procuraram mas não estavam disponíveis para trabalhar (força de trabalho potencial). Esse índice chamado de "taxa combinada da desocupação de da força de trabalho potencial", ficou em 17,4%, acima dos 16,8% registrados no trimestre anterior e dos 13,5% apurados no último trimestre de 2015. Na análise regional, o Nordeste mostrou a maior a taxa, de 24,6%, e o Sul, a menor, 10,2%. Com agências


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