Menos de 20% dos trabalhadores são sindicalizados no Brasil, segundo IBGE

 
Pesquisa divulgada nesta quarta-feira (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que, em 2015, 19,5% dos trabalhadores brasileiros eram sindicalizados. O estudo mostra que o principal motivo para a não associação era desconhecer qual sindicato representava a categoria.
 
Dentre os trabalhadores não sindicalizados, 26,4% afirmaram que não sabiam qual era a sua entidade representativa. Outros 23,6% disseram que não se sindicalizavam porque o sindicato não oferecia serviços que lhes interessavam.
 
Já entre aqueles que se filiaram a algum sindicato, 50,8% disseram que se associaram por acreditar que a entidade defendia os direitos dos trabalhadores e 79,1% não usavam os serviços oferecidos pelos sindicatos.
 
Atendimento médico ou odontológico era o serviço mais utilizado pelos sindicalizados, seguido pelo atendimento jurídico – respectivamente 40,5% e 39,9%.
 
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), realizada pelo IBGE, mostrou que a sindicalização trabalhista em 2015 atingiu o maior número (18,4 milhões) da série histórica da pesquisa, iniciada em 2004.
 
O IBGE destacou que o crescimento da sindicalização ocorreu em um momento de alta do desemprego. Em 2015, o número de pessoas ocupadas no país caiu em 3,8% em relação ao ano anterior, enquanto o contingente de sindicalizados cresceu 11,4% no mesmo período. Percentualmente, a sindicalização atingiu 19,5% dos trabalhadores ocupados em 2015, enquanto em 2014 o percentual era de 16,9%.
 
A pesquisa destacou ainda que a grande maioria (81,2%) dos trabalhadores sindicalizados não participavam de nenhuma atividade promovida pelo sindicato. Dentre os que participavam, 76,8% disseram acompanhar assembleias, 56,3% participavam de palestras, cursos ou debates, 46,1% participavam de eventos comemorativos da categoria e 33% participavam de manifestações.
 
A maioria dos sindicalizados (82,5%) disse que os sindicatos aos quais estavam associados não participaram de negociação ou dissídio coletivo.
 
Entre os trabalhadores sindicalizados a sindicatos que participaram de negociação ou dissídio coletivo, 92,2% informaram que a negociação se referiu a salários, 56,9% a benefícios, 47,2% a treinamento ou capacitação ou igualdade de oportunidade e de tratamento, 43% a jornada de trabalho e 40,4% a condições de saúde e segurança do trabalho. Com agências


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