Pesquisa indica que 44% reprovam a reforma da Previdência
Responsável pela articulação política do Palácio do Planalto, o ministro Carlos Marun disse que o governo está disposto a ceder ainda mais no texto da reforma da Previdência, desde que as novas ideias tenham como contrapartida o voto dos parlamentares.
O ministro disse ainda que está otimista quanto à votação porque o governo encomendou uma pesquisa que, segundo ele, mostra que 44% das pessoas reprovam a reforma e 63% aprova a existência de um regime único de Previdência -que tem sido o principal discurso do presidente Michel Temer para tentar vencer as resistências à proposta.
A prévia da pesquisa foi divulgada pelo ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco, em uma rede social. Na postagem, Moreira Franco comemorou o fato de, pela primeira vez, um levantamento nacional mostrar que os opositores à reforma são menos da metade da população.
Segundo Marun, Temer aceita flexibilizar o projeto que determina as mudanças nas regras de aposentadoria para aprová-lo em fevereiro.
O governo já cedeu em vários pontos. Reduziu a idade mínima para mulheres (de 65 anos para 62) e o tempo de contribuição de 25 para 15 anos para os trabalhadores da iniciativa privada. Também cortou de 49 para 40 anos o tempo necessário para ter direito ao valor máximo do benefício e retirou as mudanças para os trabalhadores rurais de economia familiar e para o benefício assistencial pago a idosos pobres, o BPC (Benefício de Prestação Continuada).
O presidente faz questão de manter o que considera os dois pilares da reforma: idade mínima -hoje fixada em 62 anos para mulheres e 65 para homens- e igualdade nos sistemas de regime previdenciário. "Em nenhum momento colocamos que estávamos fechados a qualquer possibilidade de diálogo. O que nós não queremos é aquela conversa que não leva a lugar nenhum: ideias que não tragam compromisso, que não tragam votos", disse Marun após uma reunião com Temer. Com informações da Folhapress
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