Especialistas orientam a encontrar o plano de previdência ideal

 
Arthur Gandini, do Portal Previdência Total
 
A desconfiança em relação à aposentadoria oferecida pelo INSS para o sustento futuro e a aprovação de uma possível Reforma da Previdência faz com que os planos de previdência privada se tornem uma opção de planejamento para os brasileiros.
 
De acordo com Jusivaldo Almeida, educador financeiro e vice-presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), é importante pensar em quando será iniciada a poupança para planejar o plano ideal. “Quanto mais cedo começar, mesmo com valores pequenos, maior tempo a pessoa terá para acumular recursos. Para se aposentar com 65 anos, considerando-se que a poupança comece aos 25 anos, o planejamento deveria prever no mínimo um valor equivalente a 10% da renda. Para início com 35 anos, o valor subiria para 20%”, exemplifica. 
 
Para Almeida, é importante que se pense no futuro desde cedo. “Ter um plano de previdência privada desde jovem poderá garantir um futuro confortável”, ainda mais com a reforma da Previdência e as incertezas da aposentadoria do INSS, afirma. 
 
Segundo o especialista, o jovem deve refletir sobre seu padrão de vida atual e o desejável na vida pós-aposentadoria; sobre aspectos como a manutenção da saúde e o preenchimento do tempo livre que terá à disposição e buscar produtos de acordo com seu perfil financeiro. São boas opções planos oferecidos pela empresa dos pais ou ofertados por bancos e seguradoras, como na modalidade PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre), para aproveitar a dedução de 12% da renda bruta no cálculo do imposto de renda, caso se utilize o modelo completo da Declaração de do Imposto de Renda. Caso contrário, o jovem pode fazer um VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre), plano vantajoso quando se utiliza a declaração simplificada do IR. 
 
“Nos dois casos, se o jovem está consciente de que está fazendo um investimento de longo prazo, superior a 10 anos, deve adotar o regime de tributação regressiva, pois o desconto no imposto de renda sobre o resgate ou renda será de apenas 10% lá na frente”, orienta.
 
O mercado ainda conta atualmente com planos de previdência privados voltados exclusivamente ao público infantil. “Saber lidar com o dinheiro desde cedo e, principalmente, investir adequadamente é vital para garantirmos a realização de projetos de vida de longo prazo. Nesse sentido, a previdência privada voltada a crianças tem um papel social muito importante”, afirma Ângela Beatriz de Assis, diretora comercial e de marketing da Brasilprev, que está lançou o plano “Brasilprev Júnior”. “Como a reserva vai sendo constituída ao longo de muitos anos, é possível com uma pequena quantia mensal conseguir valores significativos, que fazem toda a diferença lá na frente quando a criança tiver 18 ou 20 anos”, aconselha.
 
O economista e diretor-executivo da Anefac, Miguel Ribeiro, ainda afirma que existem outras formas de garantir o sustento futuro como a compra de títulos públicos do governo com o rendimento sobre a taxa de juros Selic. Contudo, é preciso ser regrado. “O Tesouro Direto é uma aplicação financeira e não há a obrigatoriedade de depositar todo mês. Se no meio do caminho você saca o dinheiro e vai viajar para a Europa, aquele planejamento de previdência já foi embora”, adverte.
 
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