Seguro de vida cresce 17% em 2013

Thaís Restom, Portal Previdência Total

Garantir o sustento e segurança financeira da família em caso de imprevistos no futuro ganhou força entre as preocupações do brasileiro no último ano. Segundo a Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi), o mercado de seguros de vida movimentou R$ 9,8 bilhões de janeiro a novembro de 2013, alta de 17% em relação ao acumulado de janeiro a novembro de 2012, quando alcançou R$ 8,4 milhões.

O seguro de vida é indicado para proteger a família ou dependentes caso algo grave aconteça com o segurado – como morte ou invalidez. O diretor de Vida e Previdência da SulAmérica, Fabiano Lima, explica que o primeiro passo para contratar um plano é procurar um corretor de confiança. “O cliente pode contar com a consultoria do corretor não só em todas as etapas de contratação, mas também na escolha do produto mais adequado às suas necessidades”, afirma.

A partir do contato com o corretor, o segurado deve ficar atento a uma série de questões, como, por exemplo, qual valor do capital será contratado para a apólice, ou seja, quanto os beneficiários irão receber em caso de seu falecimento. “O titular do seguro, principalmente se for o provedor da renda familiar, precisa fazer o cálculo médio do capital que atenda às necessidades dos beneficiários ou familiares se houver alguma fatalidade”, orienta Fabiano Lima, da SulAmérica.

Para o educador financeiro e presidente da DSOP Educação Financeira, Reinaldo Domingos, o seguro de vida pode ser a única fonte de segurança para o estudo dos filhos e também para manter um padrão de vida em caso de acidente ou fatalidade. “É fundamental para garantir a segurança dos dependentes do provedor financeiro da família. Trata-se de uma questão de responsabilidade com o futuro das pessoas que são sustentadas pelo segurado”, acredita.

Segundo Domingos, para garantir um futuro seguro, em caso de acidente ou ruptura da vida, o ideal é contratar um seguro com valor que garanta um rendimento mensal que seja o dobro do padrão de vida atual. “Por exemplo, aquele profissional que tem um rendimento mensal de R$ 5 mil, deve pensar em contratar um seguro que renda, no mínimo, R$ 10 mil por mês. Ou seja, o ideal é contratar um seguro de vida com o valor de aproximadamente R$ 1,5 milhão”, explica.

Patrick Paiva, gerente de produtos de Vida da Icatu Seguros, ressalta que os beneficiários devem ser avisados sobre a contratação do seguro para que eles possam acioná-lo em caso de acidente com o segurado. “É importante lembrar que a seguradora contratada não é obrigada a avisar aos beneficiários que existe uma indenização à disposição deles”, orienta.

Cotidiano

Os hábitos do cotidiano do segurado interferem diretamente no valor do seguro de vida. Segundo Fabiano Lima, da SulAmérica, pessoas que praticam esportes radicais e fumam, por exemplo, devem fornecer essa informação na proposta de seguro. “Dependendo do risco, o valor do seguro poderá ser afetado ou a proposta poderá ser recusada pela seguradora”, afirma.

O educador financeiro Reinaldo Domingos alerta que a seguradora deve fazer um check-up médico do segurado e um estudo de seu cotidiano no momento da contratação. As principais características que influenciarão no valor do seguro são: idade, estado de saúde e atividades do dia a dia. “O valor do seguro pode variar caso o segurado tenha alguma doença preexistente, por exemplo. Obesos e pessoas com idades avançadas, que tenham maiores probabilidades de sofrer com problemas de saúde, terão um valor de seguro maior”, pontua.
 

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