Quedas de idosos são consideradas problemas de saúde pública

Projeto apresentado pela Associação Médica Brasileira e pelo Conselho Federal de Medicina apontou que 30% a 60% da população com mais de 65 anos cai anualmente, sendo que metade apresenta quedas múltiplas. Segundo a pesquisa, dentre os fatores de risco estão problemas relacionados à idade, como condição clínica em que o paciente se encontra, falta de equilíbrio, trauma de uma antiga queda, diminuição da pressão arterial e deficiência visual, além dos efeitos que alguns remédios causam.

Segundo Clóvis Cechinel, geriatra e integrante do corpo clínico do Delboni Medicina Diagnóstica, explica que as quedas e as lesões em pessoas da terceira idade são consideradas problemas de saúde pública e de grande impacto social, que podem ser reduzidas com alguns cuidados. “A implantação de um programa de exercícios físicos, que os ajude a melhorar a força muscular e o equilíbrio, com a supervisão individual de profissionais capacitados, pode ser uma atitude preventiva contra as quedas”, afirma.

Fazer algumas mudanças no ambiente em que o idoso vive também é uma ação benéfica, segundo o médico. “Evitar degraus, colocar utensílios em locais de fácil alcance, ter a altura da cama apropriada para que se mantenham os pés no chão quando estiverem sentados, além de ter corrimãos em escadas e banheiros, evitar tapetes e pisos escorregadios podem ser soluções que evitarão uma futura queda”, afirma.

De acordo com o especialista, o ato de cair pode gerar, além de problemas físicos, traumas e medos. “Muitas vezes eles passam a ter medo de andar e isso leva à redução da vontade de realizar as atividades cotidianas, o que piora o caso e induz, também, à depressão”, conta. Por isso, para Cechinel, acompanhá-los de perto e tomar os devidos cuidados para evitar que ocorra algo mais grave são ações fundamentais para a saúde dos mais velhos.



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