Operação da Polícia Federal investiga previdências privadas no exterior


A Polícia Federal deflagrou a Operação Ilha de Man com o objetivo é combater uma organização criminosa responsável pela remessa de valores para o exterior. As investigações apontam que os suspeitos se passando por consultores financeiros abordavam potenciais clientes oferecendo a abertura de contas bancárias na Ilha de Man (paraíso fiscal que integra as Ilhas Britânicas) em conjunto com aplicações em fundos de investimento e contratação de planos de previdência privada.

Segundo a PF, brasileiros que desejam remeter valores ao exterior devem procurar uma instituição financeira e fechar contratos de câmbio que passam pelo controle do Banco Central. Os investigados propunham um sistema à margem do controle da autoridade financeira, habilitando o envio de dinheiro sem origem lícita e sem passar por áreas de compliance das Instituições Financeiras regulares.

Os mandados de busca visam trazer novas provas à investigação, identificar os clientes que enviaram suas economias para a Ilha de Man, apurar se as remessas foram declaradas à Receita Federal e qual a origem do dinheiro. Tanto a abertura de conta em instituição financeira estrangeira e a comercialização de planos de previdência são submetidas à autorização do Banco Central e da Superintendência de Seguros Privados (Susep), condição não respeitada pelos investigados.

Os principais crimes cometidos pela quadrilha, segundo a PF, são os de operar instituição financeira sem autorização, evasão de divisas, lavagem de dinheiro e constituição de organização criminosa. Os clientes identificados, caso tenham operado irregularmente, poderão responder, também, por sonegação fiscal, evasão de divisas e lavagem de dinheiro. Com informações da Agência de Notícias da Polícia Federal



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