Dicas de como investir em previdência privada neste momento de crise financeira

Thaís Restom, Portal Previdência Total

Ao contratar um plano de previdência privada, é essencial que o investidor conheça as características de cada modalidade (PGBL e VGBL) e quais fundos podem fazer parte dessa carteira de investimentos. Pesquisar a idoneidade das instituições gestoras é igualmente importante para não cair em armadilhas.

A principal diferença entre os planos é que no PGBL, recomendado para quem faz a declaração completa do Imposto de Renda, é possível deduzir até 12% da renda tributável do contribuinte, ou seja, os investimentos são abatidos no cálculo do imposto do ano seguinte.

“Já o VGBL não permite deduzir. Em compensação, o investidor só é tributado sobre os ganhos das aplicações financeiras quando for resgatar o dinheiro do plano”, explica o educador financeiro Silvio Bianchi, da DSOP Educação Financeira.

No caso dos fundos, Bianchi recomenda uma avaliação do perfil de risco do investidor. “Às vezes, planos de previdência muito arriscados, mas que oferecem retornos acima da média, podem ser muito tentadores. Porém, é necessário avaliar o quão disposto o investidor está de correr esses riscos, mesmo frente a promessas de bons ganhos”, afirma.

De acordo com Sandro Bonfim, da Brasilprev, 94% dos planos atuais da seguradora estão alocados em fundos de renda fixa. “Entretanto, no médio e longo prazo, com ajuste da economia, volta do crescimento e, consequentemente, redução da taxa básica de juros a patamares dos países mais desenvolvidos, devemos gradativamente observar aumento na alocação em fundos com perfis mais agressivos”.

Fernando Nogueira da Costa, economista e professor da Unicamp, destaca que a previdência complementar já atingiu seu público potencial e, provavelmente, passará só a crescer em valores. “Isso ocorrerá devido aos novos aportes anuais de 12% da renda bruta, para aproveitar o incentivo fiscal, e à capitalização realizada pelos mais elevados juros do mundo”, finaliza.

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