Previdência privada empresarial é a aposta para 2016
Thaís Restom, Portal Previdência Total
O investimento em previdência privada foi mais procurado pelos brasileiros em 2015 para complementar a aposentadoria. Atualmente, mais de 12 milhões de pessoas já têm um produto privado de previdência e a Federação das Empresas de Previdência Privada (Fenaprevi) estima um crescimento entre 15% e 18% da arrecadação dos planos este ano.
De acordo com dados recentemente divulgados pela Brasilprev, empresa de previdência privada do Banco do Brasil, o produto voltado para micros e pequenas empresas teve destaque em 2015, com um crescimento de 356% em relação a outubro de 2013, quando foi lançado. A média das contribuições mensais do produto é na maioria entre R$ 200,00 e R$ 400,00 (39%), seguida pelos que preferem investir entre R$ 401,00 e R$ 1 mil (28%).
“Cada vez mais os planos de previdência privada empresariais são bem recebidos pelos pequenos negócios, porque os funcionários o enxergam como um benefício que permite ajudar na realização de projetos de vida e as empresas demonstram uma preocupação com o bem-estar financeiro dos seus colaboradores”, observa Sandro Bonfim, superintendente de produtos da seguradora.
O superintendente comercial da Brasilprev, Mauro Guadagnoli, complementa que os planos corporativos de previdência privada devem continuar a se destacar em 2016, com a discussão no Senado Federal do projeto de lei que cria o chamado “VGBL Saúde/VGBL Empresarial”. Ele explica que a grande vantagem desse modelo será a isenção tributária no Imposto de Renda para o trabalhador ou aposentado que utilizar os recursos para pagar um plano de saúde.
“Esse novo modelo de VGBL aceita a contribuição da empresa e do funcionário e tem uma finalidade específica: acumular um recurso durante um determinado período e, no momento de deixar a vida laboral, o trabalhador que foi beneficiado por esse plano pode pegar esse dinheiro recolhido para destiná-lo ao pagamento de um seguro saúde na sua aposentadoria”, explica o executivo.
O projeto de lei foi aprovado pela Câmara dos Deputados em 27 de agosto de 2015 e agora está em análise no Senado. Se for modificado pelos senadores, terá ainda de voltar para a Câmara antes de seguir para sanção da presidente da República.