Planejamento é essencial para evitar impacto da reforma da Previdência
Thiago Luchin*
A equipe econômica do governo Michel Temer trata a reforma da Previdência como urgente e deixou claro que ela será enviada ao Congresso Nacional ainda este ano, com impacto sobre todos os trabalhadores ativos. Esse é o momento ideal para dar início ao planejamento de sua aposentadoria e evitar sofrer os impactos diretos das propostas do Governo Federal. As mudanças, capitaneadas pela fixação de uma idade mínima de 65 anos para homens e mulheres, além de trabalhadores do setor privado e servidores públicos, para dar entrada no benefício, certamente irão prejudicar milhares de brasileiros que almejam a sonhada aposentadoria.
Planejar aposentadoria é fundamental para todos os cidadãos, independente da classe social ou função. Assim, o segurado do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) saberá com precisão quando e quanto ela irá receber. E poderá programar melhor o seu futuro, com uma melhor qualidade de vida.
Culturalmente, o brasileiro costuma deixar tudo para última hora, e com a entrada no pedido de aposentadoria não é diferente. De uma maneira geral, as pessoas começam a pensar na aposentadoria apenas quando estão próximas de um dos requisitos, normalmente a idade, por volta dos 50 ou 60 anos. Isto ocorre principalmente por falta de “educação previdenciária”, fator totalmente inexistente em nosso país que pode fazer o cenário piorar caso a reforma seja aprovada nos próximos meses.
Em alguns casos, pensar em aposentadoria tardiamente pode levar a prejuízos financeiros irrecuperáveis. Por outro lado, quando a pessoa antecipa o planejamento da aposentadoria, ela tem um tempo maior para se preparar e poderá até mesmo buscar uma renda mais elevada.
Então, o momento de projetar sua aposentadoria é agora. Não espere pelas mudanças, pois como o próprio presidente Michel Temer afirmou recentemente, elas serão duras e não pouparão ninguém. O trabalhador que não planejar sua aposentadoria poderá ter que trabalhar e contribuir por mais tempo que pode chegar a alguns anos a mais e não previsto para ter direito a dar entrada no seu benefício.
*Thiago Luchin consultor previdenciário e sócio do escritório Aith, Badari e Luchin Sociedade de Advogados