Fundos de pensão: segmento pode alcançar 15 milhões de participantes

  
A Associação Nacional das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp) calcula que o público potencial do segmento é de 15,3 milhões, que pode ser alcançado até 2036. Atualmente com 2,5 milhões de participantes ativos em fundos de pensão, o potencial de crescimento inclui 2,7 milhões de servidores públicos; 3 milhões da população economicamente ativa que ainda não contribui para previdência complementar; 6,6 milhões de planos instituídos que podem ser criados; e 500 mil funcionários de empresas que oferecem planos mas que não aderiram a eles. 
 
O novo presidente da Abrapp, Luís Ricardo Martins, que toma posse nesta terça (31) destacou que para tentar atrair esse público potencial, a Abrapp vai trabalhar durante sua gestão em quatro pilares: plano de fomento; desburocratização; aprimoramento da governança e capacitação.
 
O plano de fomento, anunciado no ano passado, visa elaborar estudos que possam sustentar propostas a serem levadas para o governo, visando o crescimento da previdência complementar fechada. A meta do plano é elevar o número de participantes ativos, que hoje representa 2,6% da população economicamente ativa (PEA), para 5% da PEA nos próximos cinco anos. 
 
"Queremos sensibilizar todos os atores do sistema. Hoje sabemos que os fundos de pensão estão em desinvestimento e até 2034, os recursos podem zerar se não houver fomento", salienta Luís Ricardo. O executivo diz que desburocratização, incentivo tributário e novos produtos para uma nova geração de trabalhadores são pontos importantes que devem ser discutidos ao longo dos próximos anos. 
 
O presidente da Abrapp também destacou que a primeira proposta a ser levada para o governo este ano durante a reunião do Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC), será a de adesão automática para todos os planos. "A adesão automática demonstrou ser um sucesso para os fundos de servidores da União e queremos estendê-la para todos os fundos de pensão. Acredito que esse debate foi amadurecido e podemos colocá-lo em pauta mais uma vez", salientou. Luís Ricardo enfatizou que o CNPC deve ter um papel mais estratégico para tratar das questões de previdência complementar. 
 
O presidente da Abrapp também demonstrou otimismo em relação a reforma da previdência, apesar dela ser paramétrica, mas que pode incentivar o crescimento da previdência complementar com a exigência de que estados e municípios criem planos dentro desse regime no prazo de dois anos.
 
"Podemos desonerar o Estado e ajudar no crescimento do país", destacou. Luís Ricardo salientou, contudo, que a possibilidade de entidades abertas de previdência também administrarem esse planos poderá trazer uma concorrência injusta. "Não temos nada contra a concorrência, desde que sejam em condições iguais. Hoje a previdência aberta possui incentivos tributários que não temos. Para concorrer com isso, também buscamos uma revisão tributária do nosso sistema", complementou. Com informações da Agência Investidor Online


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