Fundos fechados de previdência reduzem déficit e seguem recuperando perdas na pandemia

 
A carteira consolidada das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPCs) apresenta significativa recuperação desde o início da pandemia. Em março, com os primeiros impactos da crise, a entidades acumulavam déficit de R$ 74 bilhões. Em setembro, o resultado negativo foi reduzido para R$ 38,5 bilhões, segundo o balanço divulgado hoje pela Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (ABRAPP). No mesmo período, o superávit das entidades evoluiu de R$ 15,5 para R$ 18,2 bilhões. 
 
Para o diretor-presidente da Abrapp, Luis Ricardo Martins, experiências com outras crises ajudou o setor a se capacitar para administrar esses tipos tribulações conjunturais. “Estamos falando de um sistema maduro, de 50 anos, que já passou e superou outras tantas crises. Os desafios são muitos, pois estamos diante de uma crise global. O fato é que toda essa vivência nos trouxe maturidade nos últimos ano e estamos conseguindo amortecer os impactos da crise”, explicou.
 
Em setembro, os ativos dessas entidades somaram R$ 974 bilhões, o que representa 13,6% do PIB.  O levantamento da Abrapp mostrou também que a rentabilidade dos fundos de previdência alcançou 867% nos últimos 17 anos, acima da meta atuarial de 648% para o período. Segundo os cálculos da Abrapp, levando-se em conta o período de setembro de 2019 a setembro de 2020, a rentabilidade média das EFPCs foi de 6,23%, e referente ao acumulado do ano foi de R$ 1,70%.
 
Martins lembra que o segmento de previdência privada fechado segue um conceito de longo prazo e que mesmo que a rentabilidade tenha sido afetada pela crise, como afetou as classes de ativo com maior risco em geral, na média, o sistema está na meta necessária para pagar as aposentadorias    . “Apesar da crise que o mundo vive, o nosso sistema está mostrando a sua força. Hoje o sistema está solvente e cumprindo com os seus compromissos”, disse.
 
O sistema fechado de previdência complementar conta atualmente com 2,7 milhões de participantes ativos, 3,9 milhões de dependentes e 837 mil assistidos.  Além disso, segundo a Abrapp, o sistema pagou R$ 30 bilhões em benefícios no primeiro semestre deste ano.
 
 
 


Vídeos

Apoiadores