PEC Emergencial afronta direitos de servidores públicos e representa retrocesso, avalia especialista

 
Deverá entrar na pauta de votação da Câmara dos Deputados, nos próximos dias, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 186/19, conhecida como "PEC Emergencial". A proposição deve ser apreciada pelo plenário da Casa na próxima quarta-feira (03) e prevê o acionamento de medidas de ajuste fiscal em caso de crise das contas públicas. Entre as mudanças inseridas no texto estão a possibilidade de redução e jornada de trabalho dos servidores públicos. 
 
Para Rodrigo Torelly, advogado especialista na defesa de servidores públicos e sócio do escritório Mauro Menezes & Advogados, a proposta representa um sério retrocesso e afronta aos direitos dos funcionários públicos. "As medidas propostas incluem cortes na jornada e na remuneração dos servidores, a retirada de direitos, a suspensão de concursos públicos e a proibição de reajustes, inclusive de revisão geral", alerta.
 
Torelly também chama a atenção para proposta inserida no texto pelo relator da PEC Emergencial, o senador Marcio Bittar, de desvinculação das receitas previstas na Lei Orçamentária para a saúde e educação. "Além de inapropriada no momento atual, essa medida impõe um grande retrocesso na implementação de políticas públicas nessas duas áreas", critica.  


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